Lula rompe o silêncio e faz declaração explosiva sobre Janja

As críticas contra a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, ganharam força nos últimos dias e incendiaram o debate político. Questionado em uma coletiva no Vietnã, neste sábado (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não mediu palavras ao defender sua esposa. Com um tom firme, ele disparou: “Janja vai fazer o que quiser”.

A frase, carregada de desafio, caiu como uma bomba entre aliados e opositores. O presidente deixou claro que não aceitará que sua esposa seja limitada a papéis tradicionais: “A mulher do presidente Lula não nasceu para ser dona de casa”, reforçou. Para ele, Janja tem o direito de falar, viajar e representar o país em qualquer ocasião — e a história, segundo Lula, é quem julgará os atos de todos.

Viagens, gastos e polêmicas: o que está por trás da repercussão. A defesa veio após uma onda de críticas sobre a presença de Janja em Paris, onde ela discursou como chefe da delegação brasileira na cúpula de Nutrição para o Crescimento (N4G) e foi recebida pelo presidente Emmanuel Macron. Lula fez questão de frisar que o convite partiu do próprio líder francês, negando qualquer irregularidade: “Ela não foi escondida”.

Apesar da explicação, a situação ganhou contornos ainda mais polêmicos quando vieram à tona os custos de suas viagens. Durante a Olimpíada de Paris em 2024, os gastos chegaram a R$ 203,6 mil apenas com estadia. Já em fevereiro deste ano, uma ida a Roma custou R$ 34,1 mil em passagens aéreas de classe executiva. Esses números, divulgados pela imprensa, acenderam o debate sobre até onde vai o papel da primeira-dama.

A pressão é tanta que a Advocacia-Geral da União (AGU) já estuda um parecer para delimitar oficialmente as funções da esposa do presidente em compromissos internacionais. Afinal, Janja não possui cargo formal no governo, mas sua atuação crescente em viagens e eventos faz dela uma figura cada vez mais presente no cenário político.

Entre elogios e críticas: o futuro incerto da primeira-dama

Enquanto Lula se diz orgulhoso da visibilidade conquistada por sua esposa, a oposição a acusa de usufruir de privilégios sem legitimidade oficial. Para uns, Janja é símbolo de uma nova forma de protagonismo feminino na política; para outros, representa um custo injustificável ao erário.

No meio dessa disputa, surge a pergunta que paira no ar: até onde Janja poderá ir sem ocupar, de fato, um cargo no governo? Lula já respondeu, em tom desafiador: “Ela vai fazer o que quiser”.