Casal gay morto por envenenamento em MG, foi o próp…Veja Mais

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Mistério em Governador Valadares: casal encontrado morto esconde uma verdade sombria

O caso que parecia mais um triste episódio de morte natural em Governador Valadares, Minas Gerais, se transformou em um dos crimes mais chocantes do ano. A Polícia Civil confirmou que Everaldo Gregório de Souza, de 60 anos, e Thomas Stephen Lydon, de 65, não morreram por causas naturais — foram envenenados com fenobarbital, um poderoso sedativo de uso controlado.

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O casal, que viveu junto por mais de três décadas, foi encontrado morto em junho. No início, ninguém desconfiava de nada. Thomas teria falecido em 20 de junho, supostamente em decorrência de um câncer de pele. Seis dias depois, Everaldo também morreu — dessa vez, o registro apontava um coma alcoólico.

Everaldo Gregório de Souza, de 60 anos, morou nos Estados Unidos com o companheiro por 30 anos — Foto: Redes sociais
Duas mortes em menos de uma semana. Um detalhe que, à primeira vista, parecia coincidência… mas que agora se revela o início de um plano calculado com frieza.

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O que mais intrigou os investigadores foi o comportamento das pessoas mais próximas das vítimas.
Não houve perícia nos corpos. O enterro de Thomas foi apressado. Everaldo, antes de morrer, foi internado sem que seus familiares sequer fossem avisados.

Corpos foram exumados para a investigação — Foto: Polícia Civil
Algo não fechava. E quando a família de Everaldo procurou a polícia, um novo capítulo — macabro — começou a se desenrolar.

A exumação dos corpos revelou o segredo: o fígado de Everaldo estava impregnado com fenobarbital, substância capaz de paralisar o sistema nervoso e causar uma morte silenciosa. O suposto acaso agora tinha nome, dose e intenção.

Traição, dinheiro e veneno: quem matou Everaldo e Thomas?

Com a revelação do envenenamento, o cerco se fechou. A polícia identificou e prendeu duas pessoas de confiança do casal: a irmã de Everaldo, de 52 anos, e o amigo de Thomas, de 35.
Eles não eram apenas próximos — frequentavam a casa das vítimas, ajudavam nos cuidados diários e tinham acesso irrestrito ao lar onde o crime aconteceu. O que parecia cuidado e carinho, agora se mostrava uma armadilha mortal cuidadosamente construída.

Everaldo Gregório de Souza, de 60 anos, e Thomas Stephen Lydon, de 65, foram mortos em junho — Foto: Redes sociais

A motivação, segundo os investigadores, era financeira. Logo após as mortes, os suspeitos movimentaram mais de R$ 1,3 milhão entre bens e aplicações do casal.
Entre as descobertas, a polícia encontrou:

  • uma apólice de seguro de vida com a irmã de Everaldo como beneficiária vitalícia;

  • uma procuração que dava ao amigo de Thomas amplos poderes sobre documentos médicos e contas bancárias;

  • tentativas de transferir o imóvel do casal, avaliado em cerca de R$ 950 mil, para o nome de uma terceira pessoa.

Os dois suspeitos teriam, inclusive, manipulado prontuários e inventado diagnósticos para justificar as mortes. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 1,5 milhão em ativos e restringiu o uso de veículos em nome dos investigados.

Corpos foram exumados para a investigação — Foto: Polícia Civil

Enquanto isso, a polícia aguarda os laudos toxicológicos do corpo de Thomas e a perícia dos documentos falsificados. Ambos devem responder por homicídio duplamente qualificado, falsificação e uso de documento falso.

O crime, descrito pelos investigadores como “premeditado e cruel”, abalou a cidade. O advogado da família, Thiago de Castro, resume o sentimento das vítimas:

“Foi uma perda irreparável. O mínimo que a família espera é uma punição exemplar para quem cometeu tamanha crueldade.”

E assim, o que começou com duas mortes silenciosas se transforma em um drama policial de ganância, traição e veneno — um crime que, finalmente, começa a ter sua verdade revelada.

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