Caso Arthur: avô se manifesta e expõe tudo nessa manhã foi seu…Ver Mais

O Mistério de Tibagi: O Desaparecimento que Parou o Paraná
O silêncio que ecoa nas colinas. Era para ser uma manhã comum na tranquila zona rural de Tibagi, no interior do Paraná. Mas, em questão de minutos, o que antes era rotina se transformou em um pesadelo. O pequeno Arthur da Rosa Carneiro, de apenas dois anos, desapareceu sem deixar rastros — e desde então, a cidade vive mergulhada em tensão e esperança.
A mãe do menino, uma adolescente de 15 anos, contou que tudo aconteceu na manhã de quinta-feira (9). Arthur brincava em frente à casa, como fazia todos os dias, quando o silêncio começou a parecer estranho. “Achei que ele tava por ali, atrás da casa, como sempre. Mas fui chamando e nada”, relatou, com os olhos marejados.
Foi o início de uma busca desesperada que mobilizou bombeiros, cães farejadores, drones, barcos e dezenas de voluntários. O terreno, cercado por mata densa e desníveis perigosos, transformou a operação em um desafio. Segundo os agentes, cada metro percorrido é uma batalha contra o tempo e a incerteza.
Arthur vestia uma calça marrom clara e estava descalço quando desapareceu. Pequenos detalhes que, agora, significam tudo para as equipes que varrem cada canto da região. “É uma área extensa, cheia de barro e mata fechada. Qualquer pista, por menor que pareça, pode mudar tudo”, explicou um dos bombeiros, com a voz carregada de cansaço e apreensão.
O local é cercado por trilhas que levam até o rio Tibagi, conhecido por sua correnteza forte e águas traiçoeiras. A mãe revelou que o menino já havia se aventurado pelo matagal antes. “Uma vez fui buscar ele quase no meio da trilha pro rio”, contou. Esse detalhe fez soar o alarme entre os investigadores — e reacendeu os temores de que o curso do rio possa esconder respostas difíceis de encarar.
“Eu só quero meu filho de volta”: o grito de uma mãe e a angústia de uma cidade
Enquanto o tempo passa, a esperança parece lutar contra o relógio. A Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese: há a possibilidade de que Arthur tenha se perdido no mato, mas também o temor de que alguém possa tê-lo levado. “Estamos ouvindo familiares, vizinhos e todas as pessoas próximas. Nenhuma linha de investigação está sendo descartada”, afirmou um dos investigadores.
O caso rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais, e o nome de Arthur se espalhou junto à hashtag #ProcuraArthur. O desaparecimento foi incluído no sistema Amber Alert, que envia notificações a celulares num raio de até 160 quilômetros, aumentando as chances de alguém ter visto algo.
A cada nova atualização, o coração da comunidade parece pulsar junto. “A gente conhece a família. É um desespero que não dá pra imaginar”, contou uma vizinha, emocionada. Outro morador lembrou que o ponto onde o menino foi visto pela última vez é “aberto, mas com mato alto o suficiente pra esconder uma criança em segundos”.
Dentro da casa, o tempo parece não andar. A mãe, visivelmente exausta, tenta manter a fé. “Pensei que ele tivesse só brincando ali na frente. Nunca imaginei que aquele silêncio fosse o começo do pior dia da minha vida”, desabafou.
As equipes continuam as buscas, sem pausas. Cada amanhecer traz uma nova dose de esperança — e também o medo crescente do que o silêncio pode significar. Familiares, voluntários e moradores de Tibagi se revezam, chamando o nome de Arthur pelas trilhas, como se cada eco pudesse guiá-lo de volta.
O desaparecimento do pequeno Arthur da Rosa Carneiro é mais do que uma notícia: é um alerta. Em áreas rurais, onde a tranquilidade é quebrada apenas pelo som do vento e dos pássaros, o perigo pode se esconder no que há de mais familiar.
Enquanto as buscas continuam, o Paraná inteiro segura a respiração, esperando — com o coração apertado — que o próximo chamado seja o da boa notícia que todos desejam ouvir.