Donald Trump manda recado para Bolsonaro, você é um v…Ver Mais
Silêncio Estratégico: A Tensa Escolha do STF Diante da Polêmica Internacional
As últimas declarações do ex-presidente Donald Trump lançaram uma nova sombra sobre o cenário político brasileiro. Em meio a acusações de que Jair Bolsonaro estaria sendo “perseguido” por instituições do Brasil, o comentário do norte-americano provocou um rebuliço imediato. Curiosamente, o Supremo Tribunal Federal — frequentemente protagonista em embates públicos — optou por um silêncio absoluto. Nenhum dos ministros se manifestou. Nenhuma nota oficial foi publicada. E isso, claro, não passou despercebido.
Nos bastidores de Brasília, o comentário é que os ministros do STF decidiram não dar palco ao ex-presidente americano, tampouco escalar uma guerra de narrativas internacionais. Segundo fontes, avaliam que cabe ao presidente Lula e ao Itamaraty responderem, oficialmente, às provocações. A estratégia? Blindar a Corte, preservar sua imagem institucional e evitar transformar um ataque externo em mais um capítulo da polarização política interna. Mas será mesmo possível manter essa neutralidade diante de pressões tão intensas?
Entre Acusações, Conspirações e Um Silêncio Que Ecoa
Enquanto o STF se recolhia, Lula resolveu agir. Com uma postagem curta nas redes sociais, ele rebateu o discurso de Trump de forma indireta, porém firme: “O Brasil é um país soberano e não aceita interferências externas.” A frase foi interpretada como um claro recado diplomático — e talvez um aviso de que o Planalto não aceitará ingerências internacionais sem reação.
Mas o clima já estava inflamado antes disso. Em maio, o senador americano Marco Rubio fez uma declaração enigmática, ameaçando restringir a entrada de estrangeiros cúmplices de censura contra cidadãos americanos. Embora sem citar nomes, o alvo parecia óbvio: Alexandre de Moraes, que conduz os inquéritos sobre desinformação no Brasil. Coincidência ou não, a fala veio logo após a abertura de um inquérito contra Eduardo Bolsonaro — que logo deixou o país rumo aos Estados Unidos, alegando perseguição.
Dentro do STF, a declaração de Rubio foi encarada como um ataque não apenas a um ministro, mas a toda a Corte. Ainda assim, a estratégia se manteve: silêncio absoluto. Porém, com a opinião pública cada vez mais polarizada e os olhos internacionais voltados para o Brasil, paira uma pergunta no ar: até quando o STF conseguirá sustentar essa blindagem silenciosa sem que ela se torne um risco maior do que a própria resposta?
