Nikolas desafia protocolo e lança pedido ousado a Alexandre de Moraes

O cenário político em Brasília foi sacudido nesta segunda-feira (11), quando o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) decidiu atravessar as formalidades e protocolar um pedido direto ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo? Obter autorização para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar sob rígidas medidas de restrição.

O parlamentar foi além: solicitou que o encontro seja marcado com urgência, já nesta terça (12) ou, no máximo, quarta-feira (13). No requerimento, Nikolas também pediu que todas as regras sejam claramente detalhadas, para evitar qualquer interpretação equivocada ou possível descumprimento.

A movimentação ocorre em um momento de tensão. Bolsonaro está em prisão domiciliar há apenas uma semana, após Moraes apontar “reiterado descumprimento de medidas cautelares”. A proibição de usar redes sociais foi a condição mais rígida, mas o ex-presidente voltou a aparecer em transmissões durante atos no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte — e foi justamente nesse último evento que Nikolas protagonizou uma cena que gerou polêmica, ao erguer o celular diante da multidão e afirmar: “Bolsonaro não pode falar, mas pode ver”.

O cerco se fecha: aliados em movimento e pressão crescente

Nikolas não está sozinho nessa empreitada. O deputado estadual mineiro Bruno Engler (PL) e o vice-presidente do PL em Goiás, Fred Rodrigues, também formalizaram pedidos semelhantes a Moraes. Ambos têm laços estreitos com Bolsonaro e já disputaram prefeituras com o apoio declarado do ex-presidente. Apesar das derrotas nas urnas, mantêm-se fiéis ao líder político e agora buscam demonstrar solidariedade num momento delicado.

Dentro do PL, o clima é de apreensão. A prisão domiciliar é vista como um alerta de que novas restrições podem atingir outros nomes da base conservadora. Por isso, cada passo é medido com cautela, mas também com a clara intenção de mostrar força.

Fontes próximas relatam que Bolsonaro está submetido a um controle rigoroso: poucas visitas, segurança reforçada e monitoramento constante. Moraes já sinalizou que qualquer deslize pode transformar a domiciliar em prisão preventiva — um risco que aumenta ainda mais o peso do pedido de Nikolas.

Agora, a grande incógnita paira sobre a resposta do ministro do STF. Irá Moraes ceder e permitir que o encontro aconteça, ou a barreira permanecerá intransponível? Enquanto a decisão não vem, a tensão cresce nos bastidores e o suspense se intensifica: será este o primeiro passo de uma nova reviravolta política no país?