‘O pior momento foi quando vi a Juliana’: alpinista faz forte relato sobre o… Ver mais

“O pior momento foi quando vi a Juliana”: o resgate que ninguém queria fazer
As imagens captadas por drones no Monte Rinjani, na Indonésia, são devastadoras. Elas revelam não apenas o trajeto de uma trilha íngreme, mas o percurso sombrio de uma tragédia que comoveu dois continentes. A brasileira Juliana Marins, de apenas 26 anos, caiu de uma altura de quase 600 metros. E foi lá, nas entranhas rochosas de um dos vulcões mais temidos do país, que seu corpo foi encontrado.
No vídeo, vê-se o topo da montanha tomado por equipes de resgate. Cordas descem por fendas perigosas, atravessando abismos silenciosos, enquanto cerca de 30 profissionais se mobilizam para cumprir uma missão que já carregava o peso da fatalidade. Sete socorristas desceram até o local do impacto; três ficaram na beira do penhasco, enquanto outros 23 se dividiram entre o comando e o içamento do corpo — um verdadeiro balé trágico entre a vida e a morte.
Impacto devastador e revelações que cortam o coração
Um dos momentos mais emocionantes veio à tona em uma entrevista ao Fantástico, da TV Globo. O alpinista responsável pelo resgate, ainda visivelmente abalado, fez um relato que calou fundo:
“O pior momento foi quando vi a Juliana, porque esperava que ela ainda estivesse viva.”
A expectativa de encontrá-la com vida, alimentada por relatos de movimentações dias antes, foi cruelmente silenciada pelo cenário que encontraram. O laudo preliminar da autópsia confirmou o que ninguém queria ouvir: Juliana morreu após sofrer um impacto violento com um objeto contundente, o que causou lesões extensas, especialmente nas costas. A morte, segundo os legistas, teria ocorrido em até 20 minutos após a queda — rápida demais para qualquer chance de resgate.
Descartou-se a hipótese de fome ou hipotermia. A tragédia se deu por volta das 6h30 do sábado (21), na traiçoeira região de Cemara Nunggal, conhecida por seus desfiladeiros mortais e vista exuberante — agora manchada por uma história de dor.
O corpo de Juliana foi içado por cordas como quem é retirado das garras da própria montanha. Um adeus silencioso, marcado por esforço, frustração e uma pergunta que jamais terá resposta: e se tivessem chegado antes?