Zezé de Camargo acaba de ser Pres…ver mais
Janja rompe o silêncio e faz acusação grave
A confusão que tomou conta das redes sociais nesta segunda-feira (15/12) ganhou novos contornos depois que a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, decidiu se pronunciar. O que começou como um comentário de bastidores envolvendo o cantor sertanejo Zezé Di Camargo e o SBT rapidamente se transformou em um debate intenso, atravessando a televisão, a política, as relações de poder e até questões pessoais. Em poucas horas, o assunto já estava entre os mais comentados, alimentado por reações inflamadas e posicionamentos firmes.

Tudo teve início após a decisão de Zezé de romper publicamente com o SBT, demonstrando indignação com a presença de autoridades políticas no lançamento do novo SBT News. Entre os convidados estavam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do STF Alexandre de Moraes e outras figuras de peso da política e do Judiciário. Para o artista, a participação dessas autoridades simbolizaria uma mudança de rumo da emissora, algo que ele afirmou não aceitar. Mas foi o tom adotado em suas declarações que acabou mudando completamente o rumo da história.
Ao comentar o episódio, Janja não poupou palavras. Em seus stories no Instagram, a primeira-dama classificou como misóginas e machistas as falas de Zezé, especialmente quando ele afirmou que as filhas de Silvio Santos estariam “prostituindo” o canal ao abrir espaço para políticos. Para ela, esse tipo de discurso revela algo mais profundo e preocupante: a dificuldade de parte da sociedade em aceitar mulheres ocupando posições de comando e tomando decisões estratégicas.

De forma direta, Janja destacou que criticar decisões editoriais é legítimo, mas atacar mulheres com termos ofensivos ultrapassa qualquer limite aceitável. Segundo ela, esse comportamento não é um caso isolado, mas reflexo de uma cultura antiga que insiste em se manter viva. “Dar voz a autoridades não é se vender, é cumprir o papel da imprensa”, resumiu, deixando claro que a pluralidade de opiniões deveria ser vista como um valor, não como uma ameaça.
Bastidores, emoção e uma crise que saiu do controle
O evento que desencadeou toda a polêmica reuniu nomes importantes de diferentes espectros. Além de Lula e Janja, estiveram presentes o vice-presidente Geraldo Alckmin, ministros como Fernando Haddad, Jorge Messias e Ricardo Lewandowski. Pelo STF, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes marcaram presença. Também participaram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o ministro do TCU Bruno Dantas. Um encontro diverso, algo raro em tempos de polarização extrema.
Durante o lançamento, Lula fez um discurso emocionado ao lembrar de Silvio Santos, fundador do SBT, falecido em 2024, que completaria 95 anos justamente naquela data. O presidente falou de memória afetiva, televisão e da importância do comunicador para gerações de brasileiros. Nada de ataques políticos ou provocações — apenas nostalgia e homenagem. Ainda assim, a reação de Zezé foi imediata e contundente.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o cantor deixou claro seu desconforto com a presença de Lula e de Moraes, afirmando que aquilo contrariava seus valores pessoais. Disse torcer pelo Brasil, mas se sentir traído pela mudança de postura da emissora após a morte de Silvio Santos. O problema, no entanto, não foi apenas a crítica, mas a personalização do ataque, direcionado às herdeiras do apresentador.
Esse detalhe acabou funcionando como gasolina jogada em uma fogueira já acesa. A repercussão foi instantânea, com uma enxurrada de críticas ao cantor e manifestações de apoio às filhas de Silvio. Para analistas, o episódio escancarou uma ferida antiga: a resistência que ainda existe quando mulheres assumem o comando e tomam decisões que desagradam figuras públicas influentes.
No fim, a polêmica mostrou que, em um país hiperconectado, palavras têm peso — e consequências. O que poderia ter sido apenas uma crítica virou um debate nacional sobre machismo, poder e responsabilidade. E, ao que tudo indica, essa história ainda deve render novos capítulos.